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Trabalho e Emprego

Seminário debate incentivo à economia criativa em Curitiba

Seminário sobre Economia Criativa realizado na Capela Santa Maria. Curitiba, 27/08/2014 Foto: Valdecir Galor/SMCS

Um novo campo de oportunidades que precisa ter seu potencial conhecido e incentivado. Assim pode ser definido o panorama da economia criativa em Curitiba, de acordo com a economista Gina Paladino, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento. A avaliação foi feita nesta quarta-feira (27), durante o seminário Economia Criativa – Oportunidades para Curitiba, realizado na Capela Santa Maria.

O seminário, promovido pela Secretaria do Trabalho e Emprego e Agência Curitiba, com o apoio da Fundação Cultural e Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), teve a participação da vice-prefeita e secretária Municipal de Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves, e de especialistas na área. O evento discutiu os conceitos e noções elementares da economia criativa e as ações da Prefeitura relativas ao programa “Curitiba Criativa”.

“Curitiba está se preparando no sentido de mapear e identificar o potencial de sua economia criativa. Precisamos saber o que é que nós temos. Estamos também  analisando todos os indicadores que medem o grau da economia criativa na nossa cidade. Nós já descobrimos que Curitiba ocupa o 12º lugar entre as cidades brasileiras neste segmento. Nós entendemos que esta é uma posição que precisa melhorar muito. Ao mesmo tempo, isto mostra que o setor tem muito potencial para crescer na cidade”, avaliou Gina.

A diretora da Agência Curitiba explica que economia criativa, hoje, é constituída basicamente por 12 setores econômicos. “São exemplos os setores de audiovisual, jogos, arquitetura, softwares. Enfim, áreas que usam a criatividade, o conhecimento e o capital intelectual como insumo no processo de produção”, disse.

Gina explicou que Curitiba está mudando rapidamente seu perfil econômico, passando a ser uma cidade de serviços. “Mais de 80% do PIB curitibano já é originário deste setor, que é de baixa produtividade. Então, nós temos que nos preparar para enfrentar esta mudança e, por isso, como prevê o nosso plano de governo, pretendemos estimular a economia criativa, como forma de reposicionar Curitiba entre as cidades mais inovadoras do mundo”, comentou.

Em sua participação no seminário, o assessor técnico da Secretária Municipal do Trabalho e Emprego, o economista Cid Cordeiro, mostrou que o segmento de economia criativa gera 570 mil empregos nas capitais brasileiras. Curitiba participa com 4,5% destes postos de trabalho. “A economia criativa é a portadora do futuro, do emprego, da atividade econômica, da inovação tecnológica”, comentou.

O seminário teve também a participação da psicóloga e mestre em administração Walderes de Lourdes Bello e do escritor, consultor e palestrante em marketing, comunicação corporativa e vendas Elói Zanetti, que falaram sobre “Os Desafios da Economia Criativa”.

Mirian Gonçalves, que participou da abertura do evento, ressaltou a necessidade de uma boa compreensão do que significa economia criativa, para que a política pública possa realmente incentivar seu desenvolvimento. “Economia criativa não é apenas criação cultural. É também isto, mas ela entra no plano da inovação tecnológica, novas formas de trabalho e de gestão e, consequentemente, melhores salários”, comentou.

À tarde, foi discutido o tema “A oportunidade da economia criativa em Curitiba”, com a participação de Gina Paladino, do presidente da Fundação Cultural, Marcos Cordiolli, e do economista Cid Cordeiro. O ciclo de palestras foi encerrado com a doutora em sociologia e ex- secretária nacional da Economia Criativa, Cláudia Leitão, que falou sobre “Políticas Públicas e Economia Criativa” e lançou seu livro “Cultura e Movimento”.