Toda a fiação de empresas de telefonia, TV a cabo e internet instaladas de maneira irregular em postes clandestinos na Avenida Visconde de Guarapuava, na região central da cidade, foi retirada durante operação realizada em conjunto pela Prefeitura de Curitiba e Copel.
Dos 14 postes em situação irregular identificados na via, apenas um permanece porque depende de ajuda técnica. O poste está fixado ao lado da rede de tubulação de gás e há necessidade do acompanhamento e apoio da empresa Compagás para sua retirada. Uma data será agendada para a realização do serviço.
A operação na Avenida Visconde de Guarapuava foi executada dentro do prazo estipulado pela Prefeitura. Foram cinco postes irregulares retirados na quarta-feira (02) e oito na quinta-feira (03), sem causar grandes transtornos para o trânsito na região.
Uma reunião envolvendo Prefeitura e Copel para análise desta primeira etapa de trabalhos e também determinar futuras ações dos órgãos acontecerá na segunda-feira (07).“Será um encontro para avaliar o que foi feito e montar um calendário de ações. Após a região central, queremos partir para os bairros”, disse o secretário municipal de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi.
Somente no Centro de Curitiba foram identificados 75 postes clandestinos que serão excluídos, assim como toda fiação multimídia instalada neles.
Leilão
Os postes e fiação retirados das ruas durante a operação da Prefeitura e Copel estão guardados no pátio do Departamento de Iluminação da Secretaria Municipal de Obras Públicas e tornaram-se propriedade do Município em função dos decretos assinados pelo prefeito Gustavo Fruet, na semana passada, que determinaram o impedimento e abandono deste material irregular.
Ainda segundo Ricardo Ghisi, é grande a possibilidade de o material ser leiloado para reaver gastos da Prefeitura com as ações. “Como o volume de material apreendido será grande e existe a dificuldade em guardá-lo, provavelmente serão realizados leilões para que os gastos com o trabalho de retirada de postes, cabos e fios, o uso de equipes da Prefeitura e também o conserto de calçadas sejam ressarcidos”, explicou o secretário.
A Secretaria de Governo avalia como positiva a primeira etapa da operação de retirada de postes clandestinos. “Comerciantes e moradores entenderam a postura adotada pela Prefeitura e Copel e aqueles que tiveram os serviços de multimídia afetados pelo corte da fiação procuraram diretamente as operadoras, que estavam em situação irregular”, complementou Ghisi.
Cortes
Desde maio do ano passado a Prefeitura, juntamente com a Copel e o Ministério Público, vem conversando com 22 empresas que atuam no setor de telefonia, internet e TV a cabo para tentar resolver o problema. Foram realizadas cinco reuniões com representantes das empresas, solicitando que as irregularidades verificadas em fiações e postes da capital fossem regularizadas. A Copel expediu diversas notificações que não foram respeitadas, além de aplicar multas às empresas.
Em setembro, as operadoras de telefonia celular e de televisão a cabo receberam prazo de 60 dias para regularizar o cabeamento existente nos postes do anel central da cidade, que são de propriedade da Prefeitura. Nas outras regiões da cidade, que abrigam postes de propriedade da Copel, o prazo para a regularização dos fios é de 90 dias. Esse prazo não foi obedecido.
Como a maioria dos cabos não possui identificação, em 55 postes, dos 205 com irregularidades, foi possível identificar as operadoras. Três empresas receberam multas pelo uso irregular desses 55 postes, com pena prevista de multa de R$ 1.614 por poste, em função de usurpação de espaço público. A Secretaria Municipal de Urbanismo emitiu multas no valor total de R$ 88.770 para estas três empresas.