Texto: Quitéria Brevilheri
Secretaria Municipal da Comunicação Social (Secom)
Nesta terça-feira (28/10) é celebrado o Dia do Servidor Público. Para marcar a data e homenagear os 27 mil servidores da Prefeitura de Curitiba, a Secretaria Municipal da Comunicação Social (Secom) preparou uma série especial de reportagens. Os textos mostram como o trabalho desses profissionais salva vidas, garante direitos, promove inclusão social e contribui para a capital paranaense ser uma cidade cada vez melhor. Quem confirma é a população atendida por eles.
A enfermeira Benedita Galvão dos Santos é um exemplo. Moradora do Cajuru há mais de 40 anos, ela conhece como ninguém a comunidade onde vive. Há 21 anos, é servidora da Secretaria Municipal da Saúde e desde o início da vida funcional atua em unidades básicas, sempre na região do Cajuru: na US Trindade 1, US Camargo e há 14 anos na US Trindade 2.
Com tanto tempo na mesma comunidade, Benedita, aos 60 anos, conhece a história de muitas famílias e acompanha o desenvolvimento de crianças, jovens, adultos e idosos. Uma dessas histórias é a da contadora Cristhiane Rodrigues de Moraes, mãe de Giovana, 6 anos, e Beatriz, 4 anos. A enfermeira acompanhou o crescimento da mãe quando ela ainda criança, na US Trindade 1.
Mais tarde, já formada e casada, Cristhiane se tornou sua contadora e passou a frequentar a US Trindade 2, onde fez o pré-natal das duas gestações com a atenção e o cuidado de Benedita. Agora, a enfermeira também é responsável pelas vacinas e o acompanhamento do crescimento da segunda geração.
Cristhiane Rodrigues de Moraes e as filhas Giovana e Beatriz são atendidas pela enfermeira Benedita Galvão na US Trindade 2, no Cajuru
“A Benedita sempre teve um atendimento especial. Ela é carinhosa com a gente, sempre se preocupou não só pela saúde, mas com questões pessoais e isso gerou uma grande amizade”, revelou Cristhiane.
Saúde da mulher
Fora da Unidade de Saúde, a enfermeira tem participação ativa Associação de Moradores e Amigos da Vila Jerusalém (Amaj), onde também leva seus conhecimentos técnicos em palestras e encontros, como os organizados durante o Outubro Rosa.
Saúde da mulher é uma de suas especialidades e muitas mulheres são impactadas pelas orientações que ela repassa tanto nas consultas de enfermagem como nas palestras.
“É uma pessoa prestativa, sempre sorridente e em quem a gente pode confiar”, declarou Edna Aparecida Zampoli, que faz os seus exames preventivos com a enfermeira.
Sempre à disposição
Clementina Antunes da Silva, 66 anos, agradece o apoio que teve quando enfrentou um câncer de mama. “Benedita me ajudou muito, porque foi ela que descobriu a doença e me apoiou em todo tratamento. Ela é uma mãe pra gente”, disse emocionada.
“A Benedita é uma referência para mim pelo carisma dela. Ela entende a gente e faz além do que é o trabalho dela. Ela sai visitar nas casas, dar palestra e ensinar lá na associação e está sempre à disposição”, elogiou Rosilda de Fátima do Espírito Santo, conselheira de saúde e membro da Amaj.
A enfermeira Benedita Galvão recebe pacientes e amigas na Unidade de Saúde Trindade 2, no Cajuru, onde trabalha há 14 anos
Dedicação
Filha de um agricultor e uma parteira, Benedita Galvão viveu toda a vida na região do Cajuru. Antes de se formar enfermeira, trabalhou por 19 anos no Hospital Cajuru. Primeiro como funcionária da copa e depois de cursar a formação de auxiliar e técnica de enfermagem, passou a atuar na urgência e emergência.
Prestou o concurso da Prefeitura de Curitiba enquanto ainda frequentava o curso superior de enfermagem na PUC-PR. Ficou feliz quando foi chamada para assumir sua vaga e desde o início da vida funcional atua na Atenção Primária.
Para Benedita, entender os desafios da profissão também passa por entender a comunidade onde as pessoas vivem.
“Trabalhar com a comunidade não é só atendê-los e mandar para casa. É saber que aquele pai, aquela mãe que está ali, também tem um filho, uma família. Quando eu encontro fora da unidade, eu entendo um pouco da vida dessas pessoas e isso me ajuda no meu trabalho”, revela a profissional.
“Ser servidora e ser enfermeira é estar na linha de frente, é atender essa comunidade com carinho, com atenção, é ouvir as pessoas e ter empatia com o outro. É se doar um pouquinho todos os dias e isso me enche de satisfação”, finaliza Benedita Galvão.