Linha Verde: a ligação do Norte ao Sul

Conheça todo o histórico de obras e intervenções da Linha Verde. Saiba o que já foi feito, os trabalhos em andamento e os prazos para conclusão

Eixo de transporte e de integração viária

A Linha Verde é o 6º eixo de transporte e de integração viária de Curitiba. 

São 22 quilômetros de extensão de uma via urbana ao longo do eixo da BR 476 ligando a cidade do Sul ao Norte, desde o Pinheirinho ao Atuba, com estrutura de transporte e urbanização, beneficiando a 22 bairros em uma área de abrangência onde vivem de perto de 300 mil pessoas.

As diretrizes urbanísticas para a área de influência do corredor de transporte são estabelecidas pela Operação Urbana Consorciada Linha Verde (OUC-LV), criada pela Lei 13.909 de 19 de dezembro de 2011. A Operação Urbana tem garantida a captação de recursos por meio da alienação, em leilões públicos, de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs), sob a gestão da Comissão de Valores Imobiliários (CVM). 

O total arrecadado nos leilões da venda de potencial construtivo da Linha Verde é depositado em conta específica do Banco do Brasil e os recursos, obrigatoriamente, investidos nas obras e intervenções no eixo viário.

Os títulos da Operação Urbana Linha Verde têm lastro no potencial de 4,47 milhões de metros quadrados de área adicional de construção em toda a extensão da via urbana. 
 

Linha Verde em toda a sua extensão

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A construção

A Linha Verde começou a ser construída no dia 12 de janeiro de 2007, partindo do Sul em direção ao Norte. 

A partir de 2017, com vistas a finalizar a obra que não evoluiu por duas gestões administrativas, a Prefeitura de Curitiba atualizou processos e orçamentos e conseguiu recuperar recursos junto à Caixa Econômica Federal e à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). 

O esforço técnico do município foi conduzido com foco no cumprimento de prazos e na qualidade dos serviços prestados pelas empresas contratadas para a obra. A intervenção da Prefeitura, para execução de melhorias na via que corta Curitiba de Norte a Sul, culminou com a rescisão contratual com a empresa que estava executando as obras no trecho Norte, em agosto de 2019. 
 

Lotes de obras - Linha Verde Sul

O trecho Sul da Linha Verde foi o primeiro a ser concluído, entre os anos de 2009 e 2014. No trecho Sul, seis estações do transporte coletivo operam com ônibus biarticulados, na ligação do terminal Pinheirinho e estações Vila São Pedro, Xaxim, Santa Bernadethe, Fanny e Marechal Floriano ao Centro da cidade (Praça Carlos Gomes). 

O primeiro lote de obras da Linha Verde foi concluído em 2009. A intervenção tem extensão de 9,4 quilômetros, desde o Pinheirinho até a região do Jardim Botânico, 200 metros antes do viaduto da BR 277, próximo à Universidade Federal do Paraná. 

Também em direção ao Sul, entre o Terminal do Pinheirinho e a Rua Isaac Ferreira da Cruz, outro lote da Linha Verde, com extensão de 1,7 km, foi implantado em 2014. A obra foi feita com recursos do Programa Pró-Transporte, como parte dos compromissos assumidos pela Prefeitura de Curitiba na Matriz de Responsabilidades da cidade para a Copa Fifa 2014.
 

Transposições - Linha Verde Sul

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Dois novos viadutos, uma estação de integração e duas trincheiras fazem parte dos investimentos da Prefeitura, em parceria com o governo do Estado, em novas transposições da Linha Verde para melhoraria do trânsito e o transporte coletivo no eixo viário.

Compõem esse conjunto de projetos e obras, o trinário de viadutos da Anne Frank, Tenente Francisco Ferreira de Souza e Marechal Floriano e duas trincheiras na Estação São Pedro. 

Em 16 de abril de 2021, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, entregou ao governador do Paraná, Ratinho Junior, em reunião no Palácio Iguaçu, os projetos executivos concluídos das trincheiras da Estação São Pedro. Contratados pelo município, os projetos tiveram investimentos de R$ 791,6 mil. 

No entorno da estação São Pedro, serão construídas duas novas trincheiras interligando as ruas Omar Raymundo Picheth com Marechal Althair Roszanniy, no sentido Xaxim/Capão Raso, e as ruas Barão do Santo Ângelo com Ipiranga, sentido Capão Raso/Xaxim, além de adequações viárias dos acessos às novas trincheiras. A implantação das duas trincheiras está orçada em R$ 59,9 milhões e as obras deverão ser feitas com recursos a fundo perdido do Estado. 

 

Projeto das trincheiras da estação São Pedro

Trinário de viadutos

O projeto de engenharia dos viadutos está em execução. O novo viaduto na Anne Frank possibilitará a ligação com a Rua Aloísio Finzetto, por sobre a Linha Verde, de quem vem do Boqueirão no sentido Rebouças. 

Outro viaduto na Rua Tenente Francisco Ferreira de Souza possibilitará duas ligações no sentido Boqueirão passando por cima da Linha Verde: uma de quem vem do Centro pela Rua Escritora Lurdes Strozzi e outra de quem vem da Avenida Presidente Wenceslau Braz.  A construção será em forma de “Y”, com duas origens (Centro e Conectora 3) e destino à região do Boqueirão.

O viaduto existente da Avenida Marechal Floriano será a via central do sistema “trinário Marechal” e destinado ao sistema de transporte coletivo, aos pedestres e ciclistas.  Sobre o viaduto, será implantada uma nova estação de transporte, permitindo a integração tarifária entre as linhas que utilizam o eixo da Linha Verde e o eixo Boqueirão.  
 

Projeto trinário de viadutos

Linha Verde Norte

A Linha Verde Norte compreende os trechos finais do corredor viário que liga Curitiba de Norte a Sul. Já estão concluídos os Lotes 1,  3.1 e 3.2. 

Estão em fase de licitação os lotes 2.1; 2.2 e o Lote 4.1. A conclusão da Linha Verde Norte é estimada para o fim de 2024, completando a ligação desde o Pinheirinho ao Atuba.

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O Lote 1 da Linha Verde Norte tem extensão de 1,8 km, entre a UFPR e a Praça Cova da Iria (Estação Jardim Botânico). As obras foram iniciadas em 2010, com recursos parciais da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), e concluídas em 2015. Neste lote as transposições da Linha Verde são feitas por duas trincheiras, nas Ruas Governador Agamenon Magalhães e Rua Roberto Cichon, formando o binário que interliga os bairros Jardim Botânico e Tarumã.

Localizada na transição dos lotes 1 e 2.1 da Linha Verde Norte, a nova Passarela Cova da Iria, com as ruas Maria Ficinska e Suécia, foi concluída no mês de julho de 2021.

Lote 2.1

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O Lote 2.1 da Linha Verde Norte é o Viaduto da Victor Ferreira do Amaral / Estação Tarumã. Os projetos executivos estão concluídos. Os investimentos são com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), como parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana e contrapartida do município. Para o início das obras, a Prefeitura aguarda a emissão da Autorização de Início do Objeto (AIO) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Projeto do novo viaduto da Victor Ferreira

A Prefeitura vai licitar os lotes (2.1 e 2.2) para execução simultânea.

O Lote 2.1 refere-se ao alargamento do Viaduto do Tarumã e a implantação da Estação Tarumã, que vai fazer a ligação com a Linha Inter 2 e linhas metropolitanas. O Lote 2.2 são as alças de acesso ao viaduto. Os projetos dos viadutos estão em fase de conclusão.

Lote 3.1 Linha Verde Norte

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O Lote 3.1 da Linha Verde Norte vai desde o Viaduto da Avenida Victor Ferreira do Amaral ao Rio Bacacheri, incluindo as Estações Fagundes Varela e Vila Olímpica, numa extensão aproximada de 2,46 km. As obras foram concluídas no mês de julho de 2021.

Lote 3.2 Linha Verde Norte

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O Lote 3.2 da Linha Verde Norte é a trincheira da Rua Fulvio Alice, que forma o binário com a Gustavo Rattman/José Zgoda na ligação ao Bairro Alto por baixo da Linha Verde. Obra foi concluida em março de 2022.

O binário ampliou a ligação entre os bairros, dando maior fluidez ao tráfego e segurança para pedestres, ciclistas e condutores.

São 2,8 quilômetros de intervenções que incluem a trincheira, quatro alças de acesso (duas em cada lado da estrutura) e retornos, requaificaçao de ruas no entrono, nova iluminação, drenagem e paisagismo.

Projeto da trincheira da Fulvio Alice

Lote 4.1

O Lote 4.1 da Linha Verde Norte compreende o trecho entre a Estação Solar e Estação Atuba, numa extensão aproximada de 2,84 km. A obra conta com recursos do Orçamento Geral da União (OGU), como parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana. Em razão de atrasos e não cumprimento de prazos o contrato com a empresa Terpasul, executora da obra, foi rescindido em agosto de 2019.

A obra foi reiniciada em dezembro de 2019, executada pelo consórcio Estação Solar, formado à época pela TCE Engenharia Ltda. e a Construtora Triunfo S.A., segundo colocado no processo licitatório realizado para eleger a empresa que executaria a obra. O prazo para término dos serviços era de 720 dias, porém, menos de 20% dos serviços foram executados e após mais de 95 notificações e ou intimações ao consórcio, entre elas em decorrência de atrasos, o contrato foi rescindido em dezembro de 2021.

Um novo edital de licitação foi publicado em abril, para dar continuidade às obras entre as estações Solar e Atuba.

O Lote 4.1b é o Parque Atuba. Medida ambiental compensatória concluída pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em 2020.

Projeto das transposições do trevo do Atuba

Cronologia Linha Verde

2022 - abril:  publicação do novo edital de licitação para as obras do lote 4.1 da Linha Verde Norte, entre as estações Solar e Atuba.

2022 - março:  conclusão do lote 3.2 de obras e início do funcionamento do binário de trânsito binário das ruas Gustavo Rattman e Fúlvio José Alice com a conclusão da trincheira que liga a Rua Fúlvio José Alice, no Bairro Alto, à Rua Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri.

2021 – dezembro: Com apenas 20% dos serviços do Lote 4.1 executados – menos de um-quinto do total – e após mais de 95 notificações e ou intimações ao Consórcio Estação Solar (formado atualmente pelas empreiteiras Vale das Pedras e Construtora Triunfo S/A), entre elas em decorrência de atrasos, ocorreu a rescisão contratual. Um novo edital de licitação está em curso.

2021 – julho: conclusão do lote 3.1 de obras e início de operação da linha do transporte coletivo Ligeirão Fagundes Varela/Pinheirinho.

- Março: A Prefeitura de Curitiba arrecadou R$ 5 milhões (R$ 5.063.856,00) com a venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac) da Operação Urbana Consorciada Linha Verde (OUC-LV), em leilão realizado em 25/3.

Foram comercializados 15.071 Cepacs, marca recorde da gestão Rafael Greca e a terceira maior arrecadação do município com a venda dos ativos desde 2012, quando foi iniciada a operação autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Desde o início da Operação Urbana Consorciada Linha Verde até março de 2021, houve nove leilões (2012, 2014, 2016, 2017, 2018, 2019 (dois), 2020 e 2021), em que foram vendidos 217.165 Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac), correspondendo a uma arrecadação de R$ 53,4 milhões (R$ 53.492.594).

2020 – Agosto: assinada a ordem de serviço para a retomada das obras do Lote 3.1 da Linha Verde. A previsão é de que a obra esteja pronta em junho de 2021.

2020 – Agosto: reiniciadas as obras do Lote 3.2 da Linha Verde, com foco na preparação das pistas centrais para receber o trânsito no sentido norte-sul. Com os veículos ocupando outro lugar, será possível avançar na construção da trincheira para o lado da Rua Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri. A obra tem a previsão de ser entregue em setembro de 2021.

2020 – Julho: conhecidas as propostas das empresas interessadas em concluir as obras do Lote 3.2 e sagrou-se vencedora da licitação a TCE Engenharia Ltda. (Triunfo).

2020 – Julho: homologação/adjudicação da vencedora do processo licitatório relacionado ao Lote 3.1. Foi habilitado para a execução da obra o Consórcio Compasa BR-Infra (segunda colocada na licitação que havia sido vencida pela Terpasul que foi desabilitada). 

2020 – Junho: lançamento do edital de concorrência para a contratação de empresa que concluirá o Lote 3.2 da Linha Verde, que é compreendido pela trincheira que ligará as ruas Fúlvio José Alice e Amazonas de Souza Azevedo sob a Linha Verde, melhorando o trânsito entre Bairro Alto e Bacacheri. O novo edital inclui ainda o pavimento da própria Linha Verde na região da trincheira e dos acessos laterais à estrutura.  

2020 – Maio: abertura das propostas das empresas interessadas no remanescente do Lote 3.1. Primeira colocada foi desclassificada.

2020 – Abril: publicação do edital de concorrência para contratação da nova empresa que finalizará o serviço no Lote 3.1. 

2019 – Dezembro: recomeçam as obras no Lote 4.1, que passou a ser executada pelo consórcio Estação Solar, formado pela TCE Engenharia Ltda. e a Construtora Triunfo S.A., segundo colocado no processo licitatório realizado para eleger a empresa que executaria a obra. Os serviços estão em andamento e a previsão é de que sejam concluídos em junho de 2022.

2019 – Setembro: julgamento e a homologação/adjudicação do processo licitatório relacionado ao Lote 2.1. Consórcio TCE Engenharia (Triunfo) foi o vencedor. 

2019 – Agosto: após serem aplicadas 144 notificações à construtora Terpasul por atrasos e inconformidades na execução das obras, ocorreu a rescisão contratual com a empresa que venceu as licitações e estava executando as obras dos lotes 3.1, 3.2 e 4.1.

2019 – Janeiro: publicado edital e conhecido o resultado da licitação para contratação da empresa para execução do Lote 2.1 da Linha Verde, que é o novo viaduto sobre a Avenida Victor Ferreira do Amaral. 

2018 – Novembro: começaram as obras do lote 4.1, que liga as estações Solar e Atuba. Foram executados cerca de 4% quando o projeto previa 13% nesta época.

2018 – Maio: vendidos R$ 1 milhão em CEPACs.

2017 – Setembro (dia 20): realizado o primeiro leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção da gestão do prefeito Rafael Greca. Foram ofertados 30 mil CEPACs, no valor aproximado de R$ 10 milhões.

2016 – Em outubro começam as obras do lote 3.2, trincheira ligando as ruas Fulvio José Alice, no Bairro Alto, e a Amazonas de Souza Azevedo, no Bacacheri. Ainda em andamento.

2015 – Começam as obras do lote 3.1, pavimentação do trecho entre a Avenida Victor Ferreira do Amaral e a rua Fagundes Varela, com implantação de passarela e estação-tubo. 

2012 – Em 26 de junho de 2012 é realizado na Bolsa de Valores de São Paulo o primeiro leilão do Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC). O total arrecadado com a venda de certificados é integralmente aplicado na infraestrutura da Linha Verde.

2011 – Operação Urbana Consorciada Linha Verde criada pela Lei 13.909, de 19 de dezembro de 2011.

2010 – Começam as obras da Linha Verde Norte - Lote 1: Entre a UFPR e a Praça Cova da Iria (Estação Jardim Botânico). Extensão aproximada 1,8 km. Intervenções tiveram início no ano de 2010, com recursos parciais da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

2010 – Entrega do primeiro lote da Linha Verde, no total de 15,7 km.

2007 – Começam as obras da primeira fase da Linha Verde, trecho Sul.

2005 - O projeto Eixo Metropolitano é “batizado” de Linha Verde.

2004 – O Governo Federal transfere a responsabilidade e o domínio do trecho urbano da BR 476, que corta Curitiba em 22 km, de Norte a Sul, com vigência até 2029. (Acesse aqui o documento de cessão de uso)

2002 – Começa o projeto do Eixo Metropolitano no Instituto de Planejamento e Pesquisa Urbana de Curitiba (Ippuc).

Final dos anos 90 – O projeto Eixo Metropolitano começa a ser planejado para unir os lados Norte e Sul da Cidade. Ligação era feita pela BR 476 (antiga BR 116), que liga Adrianópolis a São Mateus do Sul, com pistas simples, dificultando o desenvolvimento de bairros como Boqueirão e Bairro Novo, recém-criado
 

Créditos das fotos

Foto da reunião do governador Carlos Ratinho Junior e do prefeito Rafael Greca: Hully Paiva/SMCS

Fotos das obras na Linha Verde: Luiz Costa/SMCS

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