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Vitória da natureza

Zoo de Curitiba registra novo nascimento de monocarvoeiro em cativeiro

Nasceu nas últimas semanas, o quarto filhote do casal de monocarvoeiros (muriquis-do-sul) Fernanda e Aguirre. Curitiba, 29/04/2020. Foto: Hully Paiva/SMCS

 

Enquanto o mundo segue cheio de incertezas na pandemia do novo coronavírus, o Zoo de Curitiba traz boas notícias, com a chegada de um novo morador. Nasceu por lá, nas últimas semanas, o quarto filhote de Fernanda e Aguirre, o casal de macacos monocarvoeiros (muriquis-do-sul), espécie em risco de extinção.

O filhote é irmão de Maria Esther, que chegou em agosto de 2018, com um nascimento bastante festejado. O local está fechado para visitação em função da prevenção da transmissão da covid-19, mas espera-se que logo os visitantes possam ver a família completa, também formada pelos irmãos David Ferrer e Roger Federer.

Ainda deve demorar um pouco para o novo integrante da família ganhar um nome e para se descobrir se é macho ou fêmea. 

“Não queremos atrapalhar o comportamento natural dos animais e, nos primeiros meses, o filhote fica quase o tempo todo agarrado e protegido pela mãe”, explica o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria do Meio Ambiente, Edson Evaristo. 

A intenção da equipe do zoológico, que tem um trabalho voltado à conservação de diversas espécies, é incentivar a reprodução dos primatas. Eles são um dos oito grupos de trabalho mantidos na capital paranaense, parte de um programa de reprodução vinculado ao plano nacional de manejo da espécie. 

“Estamos falando de uma das espécies de primatas mais ameaçadas do mundo, cada indivíduo novo é uma vitória para quem atua na conservação”, contou o diretor.

No Brasil, além do Zoo de Curitiba, no Alto Boqueirão, apenas o Zoo de Sorocaba mantém grupos reprodutivos da espécie.

Padrinho do muriqui

No Zoo, já há cinco indivíduos da espécie que passam pelos cuidados especiais do programa de conservação – como manejo do recinto e alimentação.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a perda de hábitat e a caça são fatores que contribuem para que a espécie seja classificada como ‘em perigo’ na escala de extinção.
 
O Zoo de Curitiba é padrinho do Muriqui, nomeado em um encontro de educadores ambientais em Pomerode (SC), em setembro do ano passado, promovido pela Associação dos Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab). 

A instituição foi escolhida para escrever sobre ações de Educação Ambiental para reforçar a conservação do primata em um livro do ICMBio. Cada uma das 25 espécies ameaçadas que fazem parte dos grupos de trabalho nacionais de conservação tem um padrinho entre as instituições que estiveram no evento.

Confiança

Como reconhecimento do trabalho, Curitiba também foi escolhida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para abrigar a orfã Monaliza, uma filhote de monocarvoeiro que veio encaminhada do Rio Grande do Sul no final de 2019. Ela segue sob os cuidados da equipe no setor técnico do Passeio Público.