As recicladoras de asfalto vão beneficiar mais de 600 mil moradores e usuários do transporte coletivo no ano que vem. A Prefeitura de Curitiba está programando a recuperação de 110 quilômetros de malha viária por onde passam linhas da Rede Integrada de Transporte da cidade. A meta é recuperar 167 ruas de antipó ou de saibro, transformando em asfalto definitivo, dando mais conforto aos passageiros e mais segurança para motoristas e pedestres.
Em 2011, a Secretaria Municipal de Obras Pública recuperou cerca de 70 quilômetros de ruas onde circulam os ônibus. O trabalho beneficiou diretamente mais de 400 mil pessoas. Um exemplo é a recuperação da rua Justo Manfron, em Santa Felicidade. A rua ganhou antipó na década de 70 e, neste mês, está recebendo asfalto definitivo.
O aposentado Dirceu Manfron, 69 anos, conta que os moradores esperavam está pavimentação há mais de 40 anos. “O asfalto novo veio para melhorar o bairro, tanto os vizinhos estão recuperando as calçadas para valorizar ainda mais os imóveis do bairro”, disse Manfron, que vive na região há mais de quatro décadas.
Outro morador que ficou feliz com as obras foi o pedreiro Jesus Joaquim Campos, 68 anos. Ele mora em Santa Felicidade e passa todo o dia pela rua Justo Manfron para ir ao trabalho. “Venho de bicicleta e agora minha viagem vai ficar mais rápida com a rua nova. Antes até tinha perdido uma roda, caindo no buraco. Agora, vou poder levar meus filhos para passear na rua, que ficou bonita”, disse.
Recicladora – Para 2012, a Prefeitura planeja usar até quatro recicladoras de asfalto, sendo que duas são do próprio município. A meta é recuperar estas ruas até o fim do ano, diminuindo a malha viária de antipó e saibro, por onde passam os ônibus.
O sistema de reciclagem de asfalto se mostrou rápido e eficiente.
Com a recicladora, retira-se o asfalto velho que é triturado e misturado ao cimento e aplicado na mesma rua, como base para a nova pavimentação. O asfalto é retirado, processado e devolvido à rua em 40 minutos, a cada 100 metros. Depois este material é umedecido e é compactado para receber a capa asfáltica. Todo o processo não dura mais que uma hora.
Com o método tradicional, que usa uma máquina para cada etapa — retirada, correção do solo, compactação e preparação da base —, seria necessário pelo menos meio dia de trabalho para preparar os mesmos 100 metros, para depois receber a capa asfáltica. As ruas recuperadas terão vida útil de 10 anos, período superior ao antipó, que dura apenas três anos.