Ir para o conteúdo
Prefeitura Municipal de Curitiba Acessibilidade Curitiba-Ouve 156 Acesso à informação
Meio Ambiente

Mapeamento mostra qualidade dos rios de Curitiba

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente divulgou nesta terça-feira (24), data em que é comemorado o Dia do Rio, o diagnóstico preliminar das principais sub–bacias de Curitiba. Curitiba, 24/11/2015 - Foto: MAurilio Cheli/SMCS

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente divulgou nesta terça-feira (24), data em que é comemorado o Dia do Rio, o diagnóstico preliminar das principais sub–bacias de Curitiba.

Entre 2014 e 2015, 96 das 120 sub-bacias da cidade foram monitoradas e passaram por avaliações que geraram Índice de Qualidade da Agua (IQA) agora apresentado através de um mapa.

Das 96 sub-bacias acompanhadas a maioria (62,5%) foi classificada com IQA ruim, 14 (14,5%) com IQA péssimo, 21 (21,8%) com IQA razoável e apenas um com IQA bom e nenhum com IQA Ótimo, condição não apresentada em áreas urbanas (veja tabela completa).

Durante a divulgação, o prefeito de Gustavo Fruet disse que são coincidentes os locais com péssima qualidade de água com os que mais apresentam problemas com alagamentos.

“A cidade de Curitiba dá uma demonstração de clareza, transparência e de não ter receio de divulgar essas informações. São problemas de drenagem de mais de 50 anos, somados aos problemas relacionados ao descarte irregular de lixo. Este mapeamento é uma importante medida de alerta e conscientização”, disse Fruet.

A Prefeitura está instalando totens de identificação nos rios e córregos da cidade. Os painéis apresentarão informações como nome, extensão total, extensão dentro de Curitiba, local da nascente profundidade, imagem da bacia a que pertence e o IQA.  Hoje foram implantados totens nos rios Bacacheri- Parque Bacacheri, Rio Barigui – Parque Barigui, Rio Belém na Rua Brasilio Itibere e Rio Barigui – Rua Fredolim Wolf. Até o início do mês de dezembro serão implantados totens no Rio Belém – Parque São Lourenço, Rio Barigui-Parque Mané Guarrincha, Rio Barigui-Parque Guairacá, Ribeirão dos Padilhas-Rua Izaac Ferreira da Cruz, Rio Belém-Avenida Salgado Filho e Rio Belém-Avenida Cândido de Abreu.

Despoluição

O secretário Municipal de Meio Ambiente, Renato Lima, explica que fica muito mais fácil de resolver um problema quando ele é identificado e que o mapa mostra justamente onde está localizado e qual o seu tamanho e onde a Secretaria precisa concentrar esforços. “Os rios são patrimônios que precisam ser valorizados e recuperados. Estamos melhorando a qualidade dos rios menores e consequentemente estaremos melhorando a qualidade dos rios das grandes bacias em um efeito em cadeia”, disse.

O mapa faz parte do Programa de Despoluição Hídrica, premiado na semana passada em Barcelona (Espanha) na categoria cidades do World Smart Cities Award 2015. O programa fiscaliza e  regulariza o lançamento de esgotos domésticos nos cursos dos rios, trabalhando a universalização das redes de coletas de esgotos através Plano Municipal de Saneamento Básico.

Em um ano de programa, mais de 40 mil domicílios foram vistoriados e 200 mil pessoas atingidas positivamente. Paralelamente são realizadas ações de educação ambiental e limpeza das e recuperação das matas ciliares.

A proteção das nascentes localizadas em áreas urbanas também faz parte das medidas para melhoria da qualidade da água. Em março deste ano, Curitiba e mais dez municípios da região metropolitana participantes do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Região Metropolitana assinaram o Pacto das Nascentes.

Através do pacto, o município participante se compromete em diagnosticar, classificar, preservar, conservar e valorizar as nascentes, principalmente as localizadas em área urbana, e ainda ensinar e educar a sociedade sobre a importância da conservação da natureza.

O Programa Olho D’Agua com atividades de educação ambiental e de limpeza dos rios, juntamente com o departamento de Gestão de Risco, leva informações para as comunidades próximas ao leitos dos rios e áreas com possibilidade de cheias.

Índice de Qualidade das Águas

O Índice de Qualidade das Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela National Sanitation Foundation. A partir de 1975 começou a ser utilizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Nas décadas seguintes, outros estados brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água utilizado no País.

O IQA é composto por nove parâmetros: oxigênio dissolvido, coliformes termotolerantes, potencial hidrogeniônico (ph), demanda bioquímica de oxigênio (dbo), temperatura da água, nitrogênio total, fósforo total, turbidez e resíduo total, com seus respectivos pesos, que foram fixados em função da sua importância para a conformação global da qualidade da água.

O índice foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos. 

Estavam presentes no evento o comandante do Cindacta, coronel aviador José Vagner Vital,  o comandante do 20º Batalhão de Infantaria Blindado Tenente Coronel Eduardo d’Avila,   o coordenador do grupo gestor do projeto de revitalização do Rio Belém Mário Celso Cunha, o conselheiro da Sanepar Jair Cesar de Oliveira, o  ecologista Eduardo Fenianos, o coordenador do movimento Todos pelo Bosque Gomm, Mathieu Struck, o vice-presidente da AMA São Lourenço, Cesar Paes Leme, líderes comunitários, o administrador da Regional Boa Vista Osires Pontoni Klamas.